O município piauiense de Lagoa de São Francisco fica situado no norte do estado, distante cerca de 194 km da capital Teresina. O acesso principal é pela BR 343 até Piripiri-PI, seguindo por um desvio na PI 327, passando pelo açude Caldeirão.
A cidade se destaca no cenário arqueológico piauiense, pela existência em seu território de um sítio arqueológico com pinturas rupestres. O sítio é chamado Morro da Coã. Fiz uma visita ao local no dia 30 de julho de 2022, e o registro de algumas das pinturas para cadastro no acervo do Projeto Artes do Bitorocaia (link no final desse texto).
Prova da importância do sítio arqueológico para a comunidade foi que no dia 24 de março de 2022, ocorreu na cidade uma consulta pública, cujo objetivo foi a criação do Parque Municipal Morro da Coã. De acordo com Licindio Lima, atual Secretário de Meio Ambiente do município:
“O Parque já foi criado, já houve a consulta pública, o termo de compromisso já foi assinado pelo Governo do Estado do Piauí e já está sendo feita a licitação, a esperança é que até o final do ano sejam iniciadas as obras de infraestrutura. O Parque ocupará uma área de 21 hectares, todo cercado com estacas de cimento, terá uma sede para a brigada de incêndio, torre de observação, área de camping, rotas para estudo. Uma infraestrutura completa para o bem estar dos turistas”.
Percebo que a criação do Parque será de extrema relevância para a preservação das pinturas, visto que a área já se encontra praticamente incorporada ao cenário urbano da cidade, o que faz aumentar cada vez mais o fluxo de pessoas e a expansão imobiliária. Um outro fator de extrema relevância é que a estruturação do Parque trará turistas para a comunidade, tornando-se em uma ótima oportunidade para fomentar o turismo de base comunitária.
O Sítio da Coã é mantido pela Sra. Edna Rodrigues e família e tem uma estrutura para receber os visitantes, indicando guias e fornecendo as refeições.
Na trilha, conheci pelo menos três painéis com pinturas, o principal deles é o painel da Pedra do Sol, que é a pintura mais característica do Morro da Coã.
A nota triste é que em alguns painéis ocorre sérios sinais de depredação, com pichações e também chamou a atenção a quantidade de lixo existente na trilha.
Para quem desejar conhecer, entrar em contato com Edna Rodrigues: (86) 98133-3330.
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A Seguir, segue um documentário em vídeo sobre a visita.
Registros do Projeto Artes do Bitorocaia: