“ista noite, quando passei perto da pedra grande em meu cavalo, avistei uma visage, era uma muié bunita e formosa, pintiando os cabelo, quando me aprocheguei pra mode ver de perto, que arrudiei pur trais duma moita de tucum e butei a vista de novo, ela tinha sumido, oiêi e num vi mais.”
Francisco Roque


VISTA AÉREA DA PEDRA GRANDE EM SÃO JOSÉ DO DIVINO-PI
Um misterioso e imponente bloco de arenito se sobressai diante da paisagem da caatinga na localidade Jaburu de propriedade do Sr. Euzébio Francisco de Sousa, conhecido como “Nego”, distante 5km do centro da sede do município de São José do Divino-PI. Trata-se de uma torre de pedra com aproximadamente 25m de altura que salta aos olhos de quem passa pelo local, nela existe uma fenda a cerca de 5m de altura que dá acesso a um salão que é habitado por diversos animais, ao adentrar na caverna podemos observar, morcegos, ninhos de urubu e caburés, além de vestígios de animais de maior porte.



DETALHES DA CAVERNA EXISTENTE NA “PEDRA GRANDE”
Uma lenda conhecida na região diz respeito diretamente a esse local, é a lenda da Pedra Grande, diz que por volta do início dos anos 1980 o Sr. Francisco Roque (falecido), ao passar pelo local avistou uma mulher sentada na entrada da caverna, ela estava penteando os cabelos, ao se aproximar a “visagem” havia desaparecido. Esse episódio vem sendo contado desde então e outras pessoas já se depararam com essa assombrosa e ao mesmo tempo bela aparição.

VISTA DA ENTRADA DA CAVERNA NA “PEDRA GRANDE”
Colaboração: Evandro Primo de Sampaio e Denilson Sampaio Carvalho
F Gerson Meneses
F Gerson Meneses é natural de Piracuruca – PI, professor de informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFPI / Campus Parnaíba – Piauí; Pós-Doutor em Arqueologia; Doutor em Biotecnologia; Mestre em Ciência da Computação; Especialista em Banco de Dados e em Análise de Sistemas; Bacharel em Ciência da Computação; Pesquisador em Computação Aplicada, destaque para pesquisas na área de Computação Visual com temas voltados para a Neurociência Computacional, onde estuda padrões em imagens do cérebro e Arqueologia Computacional, com estudos destinados ao realce, segmentação e vetorização de imagens de arte rupestre, incluindo a fotogrametria. Ganhador do Prêmio Luiz de Castro Farias (versão 2024), promovido pelo IPHAN, como melhor
Artigo Científico sobre a Preservação do Patrimônio Arqueológico brasileiro. Escritor, poeta, fotógrafo da natureza, colaborador do impresso "Piauí Poético" e de várias coletâneas, entre elas o "Almanaque da Parnaíba" e a série "Piauí em Letras".
Autor de várias obras, destaque para o livro "Ensaio histórico e genealógico dos Meneses da Piracuruca" (2022).
É idealizador e mantenedor do Portal Piracuruca (www.portalpiracuruca.com) e do periódico impresso Revista Ateneu (ISSN 2764-0701). Ambos os projetos existentes desde 1999 com a mesma finalidade, que é divulgar a exuberância de cenários, a cultura, a história, os mistérios, a pré-história, as lendas e as curiosidades do Piauí.
Desenvolve desde 2018 o Projeto Artes do Bitorocaia (www.portalpiracuruca.com/artes-do-bitorocaia/) que tem por objetivo o mapeamento e catalogação dos sítios arqueológicos com registros rupestres existentes no Piauí.