Vou aqui neste momento agradecer
de coração a estas duas cidades,
dando aqui agora o meu parecer
sobre as suas peculiaridades.
Alguns comentários vou tecer,
dentro da minha capacidade.
São as maiores cidades do estado,
sendo que uma é a capital.
É Teresina com seu legado,
e a outra cidade é no litoral,
Parnaíba lugar procurado,
aqui fica a Pedra do Sal.
Gratidão pelo acolhimento,
isso sempre eu vou ter.
Se uma me deu conhecimento,
a outra me dá meios para viver.
Se hoje aqui eu tenho o vento,
lá o céu vermelho fazia chover.
Tenho saudade das tuas praças.
Cidade Verde, romantismo e correria,
mas aqui tenho a Praça da Graça.
Testa Branca, tradição e alegria,
Itararé, aí a vida se entrelaça,
Mas no Mirante para sempre eu viveria.
Indo na Rua São Pedro caminhando,
na Praça Saraiva eu descansava,
no Poty Velho a arte brotando,
e no encontro das águas eu estava.
Vi o Cabeça de Cuia mergulhando,
era mais uma Maria que ele procurava.
Aqui Mandu Ladino foi abatido,
dizimado junto com seus irmãos.
Bumba meu boi jamais é esquecido,
do Porto das Barcas até Amarração.
É na Guarita que o trem é detido
e a Maria Fumaça ficou de recordação.
O rio que banha o calor de Teresina
é o mesmo que chega aqui em Parnaíba.
Frei Serafim e o passeio da menina,
na Praça do Amor a vejo e não se iniba.
Vou aqui bebendo a minha cajuína,
remando pelo Delta eu vou abaixo e arriba.
Parnaíba-PI, 1/6/2018
Do livro: Versos Retos de um Poeta Torno – F Gerson Meneses, 2018
Obs: Xilogravuras copiadas do link:
https://gramho.com/explore-hashtag/nugrappi
F Gerson Meneses
F Gerson Meneses é natural de Piracuruca – PI, professor de informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFPI / Campus Parnaíba – Piauí; Pós-Doutor em Arqueologia; Doutor em Biotecnologia; Mestre em Ciência da Computação; Especialista em Banco de Dados e em Análise de Sistemas; Bacharel em Ciência da Computação; Pesquisador em Computação Aplicada, destaque para pesquisas na área de Computação Visual com temas voltados para a Neurociência Computacional, onde estuda padrões em imagens do cérebro e Arqueologia Computacional, com estudos destinados ao realce, segmentação e vetorização de imagens de arte rupestre, incluindo a fotogrametria. Ganhador do Prêmio Luiz de Castro Farias (versão 2024), promovido pelo IPHAN, como melhor
Artigo Científico sobre a Preservação do Patrimônio Arqueológico brasileiro. Escritor, poeta, fotógrafo da natureza, colaborador do impresso "Piauí Poético" e de várias coletâneas, entre elas o "Almanaque da Parnaíba" e a série "Piauí em Letras".
Autor de várias obras, destaque para o livro "Ensaio histórico e genealógico dos Meneses da Piracuruca" (2022).
É idealizador e mantenedor do Portal Piracuruca (www.portalpiracuruca.com) e do periódico impresso Revista Ateneu (ISSN 2764-0701). Ambos os projetos existentes desde 1999 com a mesma finalidade, que é divulgar a exuberância de cenários, a cultura, a história, os mistérios, a pré-história, as lendas e as curiosidades do Piauí.
Desenvolve desde 2018 o Projeto Artes do Bitorocaia (www.portalpiracuruca.com/artes-do-bitorocaia/) que tem por objetivo o mapeamento e catalogação dos sítios arqueológicos com registros rupestres existentes no Piauí.