Acompanhe aqui uma síntese do processo de produção das peças da Cerâmica Artesanal Serra da Capivara.
No dia 26 de abril de 2025, acompanhando a caravana da Expedição ROTHAM (Rota do Homem Americano), tive a oportunidade de conhecer a Cerâmica Artesanal Serra da Capivara. Acompanhei todo o processo de produção das peças juntamente com Joca Vidal, fomos ciceroneados por Marcos Oliveira, que atualmente é o Gerente do Empreendimento.
Marcos Oliveira (à esquerda) e eu, estamos defronte a um dos fornos de queima das peças artesanais da Cerâmica Artesanal Serra da Capivara. Foto: Joca Vidal.
Em tempo: não há como falar da Serra da Capivara sem exaltar a arqueóloga Niéde Guidon, que atua há décadas na região. Sua luta pela valorização dos bens arqueológicos da região, renderam frutos não somente para a ciência, mas também são ações extensivas, que beneficiam diretamente a comunidade. Uma destas ações foi a criação da Cerâmica Artesanal Serra da Capivara.
O processo de confecção das peças é totalmente artesanal, sendo toda a cadeia produtiva, deste a extração e preparo da argila, passando pela etapa de criação da peça, colocação dos detalhes e cores, cozimento, acabamento, embalagem e comercialização… tudo é feito por membros das comunidades do entorno do Parna da Serra da Capivara. Uma atividade que emprega diretamente mais 80 pessoas.
Preparo da argila.
De acordo com Marcos: “a argila que temos hoje é fruto da pesquisa do japonês Shoichi Yamada, que foi contratado há mais de duas décadas por Niéde Guidon, o resultado é um material que tem a elasticidade para moldar as peças e a capacidade de persistir diante das altas temperaturas da queima. Além de tudo, a argila é de desassoreamento, o que significa que não causa danos ao meio ambiente.”
Fôrmas para produção de algumas das peças artesanais.Algumas das peças são produzidas a partir de fôrmas……outras peças precisam do processo criativo do artesão.Fornos a gás, para a queima das peças.Começa o processo criativo de ilustração das peças.As peças tem ilustrações inspiradas nas pinturas rupestres existentes no Parna da Serra da Capivara.
Segundo Marcos: “…cada peça é única, desenhada a mão, não existe um processo automático de ilustração da peças.”
Últimos acabamentos para a queima final.Peças já prontas, literalmente saindo do forno.As várias etapas do processo por que passam as peças.Setor de embalagem das peças, visando atender a pedidos em maior escala.Venda na própria loja da cerâmica, em pacotes especiais……ou individualmente, no varejo.Aproveitei para fazer a minha compra de peças da Cerâmica Artesanal Serra da Capivara.
As peças produzida na Cerâmica Artesanal Serra da Capivara já conquistaram prêmios, mercados e reconhecimento internacional. Atualmente, com o crescimento e reconhecimento das peças produzidas pela cerâmica, o processo se modernizou. Agora tem-se a união técnicas artesanais com tecnologia, o que proporcionou, por exemplo, a substituição da lenha, pelo gás, ajudando a preservar a floresta, evitando o desmatamento.
MUITO MAIS DO QUE UMA CERÂMICA A Cerâmica fica no Sítio Barreirinho, zona rural da cidade de Coronel José Dias – Piauí e conta com: Albergue, Loja, Redário, Pousada e Restaurante. É toda uma infraestrutura para receber bem os visitantes.
Detalhes da infraestrutura existente para receber os visitantes.
F Gerson Meneses é natural de Piracuruca – PI, professor de informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFPI / Campus Parnaíba – Piauí; Pós-Doutor em Arqueologia; Doutor em Biotecnologia; Mestre em Ciência da Computação; Especialista em Banco de Dados e em Análise de Sistemas; Bacharel em Ciência da Computação; Pesquisador em Computação Aplicada, destaque para pesquisas na área de Computação Visual com temas voltados para a Neurociência Computacional, onde estuda padrões em imagens do cérebro e Arqueologia Computacional, com estudos destinados ao realce, segmentação e vetorização de imagens de arte rupestre, incluindo a fotogrametria. Ganhador do Prêmio Luiz de Castro Farias (versão 2024), promovido pelo IPHAN, como melhor
Artigo Científico sobre a Preservação do Patrimônio Arqueológico brasileiro. Escritor, poeta, fotógrafo da natureza, colaborador do impresso "Piauí Poético" e de várias coletâneas, entre elas o "Almanaque da Parnaíba" e a série "Piauí em Letras".
Autor de várias obras, destaque para o livro "Ensaio histórico e genealógico dos Meneses da Piracuruca" (2022).
É idealizador e mantenedor do Portal Piracuruca (www.portalpiracuruca.com) e do periódico impresso Revista Ateneu (ISSN 2764-0701). Ambos os projetos existentes desde 1999 com a mesma finalidade, que é divulgar a exuberância de cenários, a cultura, a história, os mistérios, a pré-história, as lendas e as curiosidades do Piauí.
Desenvolve desde 2018 o Projeto Artes do Bitorocaia (www.portalpiracuruca.com/artes-do-bitorocaia/) que tem por objetivo o mapeamento e catalogação dos sítios arqueológicos com registros rupestres existentes no Piauí.