Nome provavelmente originário de alcunha, a família que dele fez uso como apelido existiu no Porto, donde passou aos Açores, onde se ligou aos Medeiros.
A família Bicudo, nos Açores, ligou-se também aos Rebelos Borges de Castro, através do casamento de Francisco Borges Bicudo, senhor do Solar de Nossa Senhora do Parto, em Ponta Delgada (hoje Pousada da Juventude), com Ana Rebelo Borges de Castro, filha do 1º Visconde de Santa Catarina e irmã do 2º Visconde e 1º Conde do mesmo título (Solar de Santa Catarina, hoje residência do Governador Militar dos Açores), com descendência que continuou o apelido.
Deste ramo dos Açores, dois irmãos, naturais da Ilha de S. Miguel passaram ao Brasil, pedindo à Câmara de São Paulo, 300 braças de terra em quadra, partindo pelo rio Carapucahiba, neste requerimento declarando “que havia muitos anos que habitavam esta terra, onde sempre ajudaram com suas pessoas e armas ao bem público, achando-se nas guerras que contra os portugueses moviam os bárbaros gentios que infestavam a terra”.
Foram eles Vicente e António Bicudo Carneiro, este último documentado entre 1570 a 1587, que foi da governança da terra, ouvidor da Comarca e Capitania pelos anos de 1585, que mandou levantar pelourinho na vila de S. Paulo no dito ano de 1585 e deixou numerosa descendência do seu casamento com Isabel Rodrigues, natural de São Paulo, segundo se vê do testamento de seu filho Antônio Bicudo em 1650 em que declara a sua filiação.
Entre os seus descendentes, estão os Bicudo de Brito, os Bicudo Leme, os Pereira Padilha, os Bicudo de Aguirre, os Almeida Pedroso, os Nogueira da Gama [marquês de Baependy, conde de Baependy, barão de Juparanã, barão de Santa Mônica), os Moret, os Cochrane, os Nogueira de Sá; os Nogueira Cobra, os Gonçalves dos Santos, os Nogueira de Barros, os Siqueira Cardoso, os Nunes Bicudo, os Bicudo de Mendonça, os Gonçalves de Aguiar, etc.
Vicente Bicudo, falecido em 1616, em Santa Catarina, deixou numerosa descendência do seu casamento, em São Paulo, com Ana Luiz Grou, filha de Domingos Luiz Grou e da índia Guassu.
Em São Paulo, um José Bicudo de Lima, natural de Guaratinguetá, «filho natural» de Maria Joaquina de Jesus, foi casado, em 1830, Itajubá (Minas Gerais), com Reginalda Maria de Sá, também natural de Itajubá.
O acima referido Francisco Bicudo, casou na Bahia, c.1552, com Mécia Lobo de Mendonça, uma das órfãs protegidas da rainha D. Catarina, enviadas, em 1551, ao governador do Brasil Tomé de Sousa para as casar com as pessoas principais que houvesse na terra, filha de Baltazar Lobo de Souza, patriarca desta família Lobo de Souza no Brasil.
O apelido foi também adoptado por judeus, desde o batismo forçado à religião cristã a partir de 1497. Registram-se duas famílias com este apelido, condenadas por judaísmo em 1744 e 1745.
Brasão: De verde, uma faixa de prata e azul, sustendo três bicudos de ouro e acompanhada em ponta por um carneiro do mesmo, armado de ouro. Timbre: um dos bicudos do escudo.
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(Acesso em 2005)
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