Do extremo sul até o litoral, no Piauí está um dos maiores acervos de arte rupestre do Brasil

Publicado em por F Gerson Meneses

Entre Corrente (extremo sul) e Luis Correia (litoral), o Piauí apresenta centenas e talvez milhares de sítios arqueológicos com arte rupestre.

O Projeto Artes do Bitorocaia iniciou em 2018, é um projeto que visa a criação de uma base de dados, a partir do mapeamento e registro dos Sítios Arqueológicos com Arte Rupestre, existentes no Piauí. Bitorocaia é o nome primitivo do Rio Piracuruca.

Em tempo: o projeto tem o intuito de disseminar ações de conscientização das comunidades do entorno sobre a importância de preservação e valorização, assim como, ser uma fonte para pesquisas relacionadas aos sítios cadastrados.

Nos anos de 2024 e 2025, acompanhando a Expedição ROTHAM (Rota do Homem Americano), tive a oportunidade de conhecer respectivamente dois sítios arqueológicos geograficamente extremos no estado do Piauí, são eles: em Corrente (no extremo sul), o sítio com Gravuras da Pedra Furada e o outro em Luis Correia (no litoral), o sítio com Pinturas da Pedra da Cruvuada.

Gravuras da Pedra Furada – Corrente – PI, no extremo sul do Piauí
Pinturas da Pedra da Cruvuada – Luis Correia-PI, no extremo norte do Piauí

Entre os dois sítios supracitados, existem centenas e talvez milhares de outros espalhados pelo território piauiense, os mesmos estão distribuídos nos Parques Nacionais da Serra das Confusões, Serra da Capivara, Sete Cidades e tantos outros locais onde ocorrem sítios arqueológicos com arte rupestre, como por exemplo: Buriti dos Cavalos em Piripiri, região de Pedro II, região de Valença do Piauí, região de Castelo do Piauí, Serra do Morcego em Caxingó e tantos outros locais.

Uma boa parte destes sítios já se encontram disponíveis para consulta na base do projeto Artes do Bitorocaia, até julho de 2025, foram catalogadas cerca de 1400 imagens em mais de 100 Sítios Arqueológicos distribuídos em 17 municípios e 2 Parques Nacionais do Piauí. Em cada sítio mapeado, são coletados dados de georreferenciamento, fotografias, descrição do estado atual do sítio e informações a partir do ponto de vista das comunidades do entorno.

Acessando o link abaixo, você poderá conhecer os sítios cadastrados na base do Projeto Artes do Bitorocaia.

Artes do Bitorocaia

F Gerson Meneses é natural de Piracuruca – PI, professor de informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFPI / Campus Parnaíba – Piauí; Pós-Doutor em Arqueologia; Doutor em Biotecnologia; Mestre em Ciência da Computação; Especialista em Banco de Dados e em Análise de Sistemas; Bacharel em Ciência da Computação; Pesquisador em Computação Aplicada, destaque para pesquisas na área de Computação Visual com temas voltados para a Neurociência Computacional, onde estuda padrões em imagens do cérebro e Arqueologia Computacional, com estudos destinados ao realce, segmentação e vetorização de imagens de arte rupestre. Escritor e poeta, colaborador do impresso "O Piagui" e de várias coletâneas, entre elas o "Almanaque da Parnaíba" e a série "Piauí em Letras". Autor de várias obras, destaque para o livro "Ensaio histórico e genealógico dos Meneses da Piracuruca" (2022). É idealizador e mantenedor do Portal Piracuruca (www.portalpiracuruca.com) e do periódico impresso Revista Ateneu (ISSN 2764-0701). Ambos os projetos existentes desde 1999 com a mesma finalidade, que é divulgar a exuberância de cenários, a cultura, a história, os mistérios, a pré-história, as lendas e as curiosidades do Piauí. Desenvolve desde 2018 o Projeto Artes do Bitorocaia (www.portalpiracuruca.com/artes-do-bitorocaia/) que tem por objetivo o mapeamento e catalogação dos sítios arqueológicos com registros rupestres existentes no Piauí.