Três aventureiros resolveram começar o ano da forma que mais gostam, que é se embrenhando nas matas, rios, contemplando paisagens e interagindo com a natureza. Assim, nos dias 1 e 2 de janeiro de 2022, o grupo formado pelas parnaibanas Rilza Amália e Bruna Luiza e o piracuruquense F Gerson Meneses, resolveram fazer uma expedição com uma remada no Cânion do Rio Poti.
O primeiro destino é a cidade de Castelo do Piauí, que fica distante cerca de 350 km de Parnaíba, e é a porta de entrada para o Cânion do Rio Poti. O Cânion fica na cidade de Buriti dos Montes – Piauí.
Aventureiros em frente ao Portal de entrada da cidade de Castelo do Piauí.
Após um pernoite em Castelo do Piauí, o grupo ainda rodou 45 km até a sede da Fazenda Enjeitado, última parada até o local da saída da remada.
Trecho da estrada de Castelo do Piauí até a Fazenda Enjeitado. A estrada é bem sinalizada. Muitos riachos cortam a estrada, que fica praticamente intrafegável em períodos de muita chuva na região.
A Fazenda Enjeitado
Casarão sede da Fazenda Enjeitado, em Buriti dos Montes – Piauí.Breve descanso, antes de seguir para o Cânion do Rio Poti.
A Fazenda Enjeitado já é uma atração à parte, tem um centenário casarão, com grossas paredes e que ainda sustenta a sua originalidade, com rústicos artefatos.
Armadores de rede, feitos de madeira, fincados nas grossas paredes do casarão.Banco de pote ou bileira, ainda é usado pelos moradores do casarão.Prensa para a fabricação de queijo.As grossas pares do casarão da Fazenda Enjeitado.
A Fazenda serve como ponto de apoio para os aventureiros antes de chegarem ao Cânion.
No casarão da fazenda, são servidas refeições e é oferecido o pernoite, aos cuidados da simpática Dona Leni (86) 98117-9894.
Cachoeira das “Sete Quedas do Gaieiro”
Após passar pela sede da fazenda, ainda rodamos 5 km e tivemos a oportunidade de conhecer mais uma das belezas da região, a Canhoeira das “Sete Quedas do Gaieiro”, que fica no Riacho Gaieiro, afluente do Rio Poti.
Encontramos a Cachoeira das Sete Quedas do Gaieiro recebendo as primeiras água do período chuvoso.Cachoeira das Sete Quedas do Gaieiro, durante o inverno de 2020. Fonte: Zé Augusto.
A área do Cânion do Rio Poti está situada dentro do Parque Estadual Cânion do Rio Poti, que foi criado em 2017 e que no momento está passando pelo plano de manejo. O Rio Poti nasce na cidade cearense de Quiterianópolis e deságua no Rio Parnaíba, na cidade de Teresina, capital do Piauí, após um percurso de mais de 500 km.
Remada no Cânio do Rio Poti
O percurso total da remada é de cerca de 14 km (ida e volta), são cenários de extrema beleza, chegamos em um momento de início das chuvas na região, parte do rio estava com a água bastante barrenta em virtude disso. No entanto, a água estava calma, sem correnteza.
O deslumbrante Cânion do Rio Poti, com a sua água barrenta das primeiras chuvas do inverno nordestino.Iniciando a remada.Remando entre os paredões do Cânion do Poti.Remando pelo Cânion do Rio Poti.Um bate-papo com Zé Augusto ((86) 98117-2644), guia do Cânion do Poti. Aqui é o ponto final da expedição, daqui em diante não passa embarcação devido a um desmoronamento que ocorreu há milênios.
Biodiversidade
Durante o percurso da remada é possível o avistamento de vários animais, principalmente o mocó, além de uma grande variedade de pássaros.
Fotografando animais.Mocó.Andorinha.Socó Dorminhoco.Conhecido na região como “Chapéu de Couro”.Jacaré.A longa viagem de aproximadamente 400 km a partir de Parnaíba até a margem do Rio Poti valeu a pena, os cenários deslumbrantes do Cânion do Rio Poti compensaram o esforço.
O vídeo completo da expedição ao Cânion do Rio Poti pode ser visto no link abaixo, no Canal Check-in Aventura:
F Gerson Meneses é natural de Piracuruca – PI, professor de informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFPI / Campus Parnaíba – Piauí; Pós-Doutorando em Arqueologia; Doutor em Biotecnologia; Mestre em Ciência da Computação; Especialista em Banco de Dados e em Análise de Sistemas; Bacharel em Ciência da Computação; Pesquisador em Computação Aplicada, destaque para pesquisas na área de Computação Visual com temas voltados para a Neurociência Computacional, onde estuda padrões em imagens do cérebro e Arqueologia Computacional, com estudos destinados ao realce, segmentação e vetorização de imagens de arte rupestre.
Escritor e poeta, colaborador do impresso "O Piagui" e de várias coletâneas, entre elas o "Almanaque da Parnaíba" e a série "Piauí em Letras".
Autor de várias obras, destaque para o livro "Ensaio histórico e genealógico dos Meneses da Piracuruca" (2022).
É idealizador e mantenedor do Portal Piracuruca (www.portalpiracuruca.com) e do periódico impresso Revista Ateneu (ISSN 2764-0701). Ambos os projetos existentes desde 1999 com a mesma finalidade, que é divulgar a exuberância de cenários, a cultura, a história, os mistérios, a pré-história, as lendas e as curiosidades do Piauí.
Desenvolve desde 2018 o Projeto Artes do Bitorocaia (www.portalpiracuruca.com/artes-do-bitorocaia/) que tem por objetivo o mapeamento e catalogação dos sítios arqueológicos com registros rupestres existentes na área da bacia do Rio Piracuruca.