Uma viagem de cerca de 700 km a partir de Parnaíba, com direito a uma escala em Oeiras para o pernoite, como destino final um lugar onde se encontram umas das maiores belezas naturais do Piauí. Essa façanha que envolveu deslocamentos de carro, bike e trekking, foi encarada por 4 aventureiros de Parnaíba-PI entre os dias 13 e 15 de janeiro de 2023 e os levou ao sertão do Piauí, região de Picos-PI, até a “Cidade Encantada” ou “Cidade das Pedras”, também conhecida como “Capadócia Nordestina”, que fica na localidade Três irmãos na cidade de São José do Piauí.
A partir da esquerda: Cleonice Rocha, F Gerson Meneses, Bruza Luisa e Rilza Amália. Todos a bordo do “Fred”, o companheiro da viagem.
Ao final, valeram a pena cada um dos mais de 1400 km percorridos nesses 3 dias. Uma boa amostra de tudo isso é mostrado aqui nessa matéria, também será apresentado em documentário em vídeo, numa série com três vídeos para o canal www.checkinaventura.com e na TV, no programa Caminhos & Trilhas, que foi exibido nos dias 11 e 12 de fevereiro de 2023, na TV Meio Norte.
Importante: Os links para os três episódios da expedição estão no final desse texto.
No caminho uma passagem pela cidade de Regeneração-PI. Aqui a Igreja Matriz de São Gonçalo. Foto: F Gerson Meneses.
Passagem por Oeiras – PI:
A parte 1 do documentário aborda aspectos históricos de Oeiras, principalmente a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória.
A cidade de Oeiras é a primeira capital do Piauí e conta com um dos mais ricos acervos históricos do estado, boa parte dessa historicidade pode ser observada no seu centro histórico que é tombado pelo IPHAN e conta com diversos casarões de arquitetura colonial.
Alguns exemplos do casario do centro histórico da cidade de Oeiras, primeira capital do Piauí. Fotos: F Gerson Meneses.
Um dos maiores símbolos da riqueza do patrimônio histórico de Oeiras é a Igreja de Nossa Senhora da Vitória, localizada na Praça das Vitórias no centro histórico da cidade.
Igreja de Nossa Senhora da Vitória, datada de 1733. Foto: F Gerson Meneses.Detalhes externos da Igreja de Nossa Senhora da Vitória. Fotos: F Gerson Meneses.Detalhes internos da Igreja de Nossa Senhora da Vitória. Fotos: F Gerson Meneses.Uma entrevista com a Professora Zulene Rocha, diretora do Museu de Artes Sacras de Oeiras-PI. Foto: Bruna Luisa.Imagem de Nossa Senhora da Vitória. Essa imagem presidiu em 2 de março de 1697 a bênção da capela pioneira da freguesia dos “Sertões de Dentro do Piauhy”, sobre cujas fundações construiu-se a atual matriz Catedral de Oeiras em 1733. Foto: F Gerson Meneses.
O pernoite na cidade de Oeiras foi no Hotel Pousada do Cônego, um casarão histórico que dispõe de um rico acervo de peças históricas.
Fachada do Hotel Pousada do Cônego. Foto: F Gerson Meneses.Parte interna do Hotel Pousada do Cônego. Foto: F Gerson Meneses.Peças expostas no Hotel Pousada do Cônego. Foto: F Gerson Meneses.Na manhã do dia 14 deixamos a cidade de Oeiras com destino à cidade de Picos-PI. Foto: F Gerson Meneses.
Trilha de bike a partir de Picos – PI e chegada na Capadócia Nordestina:
A parte 2 do documentário traz a trilha de bike a partir de Picos e chegada na localidade Três Irmãos, local onde ficam as formações geológicas conhecidas como “Capadócia Nordestina”. Após a chegada a Picos, ainda no dia 14 pela manhã houve uma trilha de cerca de 27 km de bike, até o nosso destino final.Parte da trilha foi pela rodovia PI 245. Foto: F Gerson Meneses.Outra parte foi numa estrada vicinal, debaixo de muita chuva. Foto: F Gerson Meneses.Fomos recebidos na localidade Três Irmãos “Capadócia Nordestina”. Aqui fizemos nossas refeições e pernoitamos. Foto: F Gerson Meneses.Fomos para a trilha com a guia Ceiça (11) 94100-8981. Foto: F Gerson Meneses.Na trilha passamos por esse antigo cemitério familiar, ao fundo já se percebem as formações geológicas. Foto: F Gerson Meneses.Um riacho também faz parte da trilha. Foto: F Gerson Meneses.Essa casa é simbólica para o lugar, foi aqui que o jornalista Francisco José, em 2017, fez uma reportagem para o Globo Repórter e entrevistou as senhoras Dona Teresa e Dona Maria (ambas hoje com 81 anos e 91 anos respectivamente). Na matéria o repórter nomeou o local de “Capadócia Nordestina”, nome pelo qual o lugar ficou conhecido a partir de então. O nome Capadócia é uma alusão a uma região da Turquia. Foto: F Gerson Meneses.
Explorando a Capadócia Nordestina:
A parte 3 do documentário mostra a “Capadócia Nordestina” de fato, são apresentadas imagens, diálogos e uma vivência com a comunidade.
Em tempo: No local, que há 380 milhões de anos era o fundo mar, podem ser encontrados vestígios de civilizações pré-históricas, cenários de belezas exuberantes, piscinas naturais que se formam nas rochas nos períodos chuvosos e ainda as histórias de acontecimentos sobrenaturais. Também já foram encontradas diversas pinturas rupestres, formações rochosas gigantescas com semelhanças de pessoas, animais, objetos, belas pedras vazadas ou furadas, fósseis de peixes cravados em rochas e cavernas (1,2).
Uma das intrigantes formações geológicas do lugar, conhecida como castelo. Foto: F Gerson Meneses.Pedalada próximo aos paredões de pedra. Foto: F Gerson Meneses.Contemplação.Escalada ao topo de um dos picos. Foto: Cleonice Rocha.Registros fotográficos das fantásticas formações geológicas da “Capadócia Nordestina”. Fotos: F Gerson Meneses.Do alto dos paredões da “Capadócia Nordestina”. Foto: F Gerson Meneses.
Na interação com a comunidade, tivemos momentos de vivências com os moradores, onde podemos compartilhar com eles de parte do seu cotidiano.
Vivência com a comunidade. Foto: F Gerson Meneses.Interação com os animais.Antes do pernoite, uma boa conversa com o Sr. José Miguel, que me relatou vários contos e histórias de interior. Foto: Bruna Luisa.Hora de se despedir e voltar pra casa.Ainda na PI 245, durante o nosso retorno encontramos um caçador trazendo esse tatu. A partir de uma solicitação nossa, nós conseguimos a permissão dele para, mais na frente, soltar o animal na natureza.
F Gerson Meneses é natural de Piracuruca – PI, professor de informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFPI / Campus Parnaíba – Piauí; Pós-Doutorando em Arqueologia; Doutor em Biotecnologia; Mestre em Ciência da Computação; Especialista em Banco de Dados e em Análise de Sistemas; Bacharel em Ciência da Computação; Pesquisador em Computação Aplicada, destaque para pesquisas na área de Computação Visual com temas voltados para a Neurociência Computacional, onde estuda padrões em imagens do cérebro e Arqueologia Computacional, com estudos destinados ao realce, segmentação e vetorização de imagens de arte rupestre.
Escritor e poeta, colaborador do impresso "O Piagui" e de várias coletâneas, entre elas o "Almanaque da Parnaíba" e a série "Piauí em Letras".
Autor de várias obras, destaque para o livro "Ensaio histórico e genealógico dos Meneses da Piracuruca" (2022).
É idealizador e mantenedor do Portal Piracuruca (www.portalpiracuruca.com) e do periódico impresso Revista Ateneu (ISSN 2764-0701). Ambos os projetos existentes desde 1999 com a mesma finalidade, que é divulgar a exuberância de cenários, a cultura, a história, os mistérios, a pré-história, as lendas e as curiosidades do Piauí.
Desenvolve desde 2018 o Projeto Artes do Bitorocaia (www.portalpiracuruca.com/artes-do-bitorocaia/) que tem por objetivo o mapeamento e catalogação dos sítios arqueológicos com registros rupestres existentes na área da bacia do Rio Piracuruca.
