A cidade de Buriti dos Lopes é passagem obrigatória por quem trafega pela BR 343, fica a somente 35 km de Parnaíba, no litoral do Piauí. De acordo com o IBGE 2022, tem uma população de 19.654 habitantes.
Historicamente, a Fazenda Buriti, que deu origem ao povoamento principal da cidade, data do início do século XVIII e seu primeiro proprietário foi o português Francisco Lopes, daí vem a denominação atual do município: Buriti dos Lopes (1).
Portanto, a cidade acumula um considerável legado histórico de pelos menos 3 séculos. Este legado ainda é refletido em alguns casarões, remanescentes históricos que estão espalhados pelo núcleo urbano da cidade.
Apesar do fluxo constante de pessoas passando pela área urbana da cidade todos os dias através da BR 343, muito pouca gente conhece o casario histórico de Buriti dos Lopes.
Irei então colocar abaixo alguns registros que fiz no dia 28 de setembro de 2025, na companhia do fotógrafo parnaibano Helder Fontenele.
Começar o passeio pela Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios.
Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios. Foto: F Gerson Meneses.Detalhe na fachada da Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios. Foto: F Gerson Meneses.Altar-mor da Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Remédios. Foto: F Gerson Meneses.Praça Nossa Senhora dos Remédios. Foto: F Gerson Meneses.Residência com detalhe religioso em seu frontão, fica defronte à Igreja Matriz. Foto: F Gerson Meneses.
Ao avançar pelas demais ruas do centro da cidade, começamos a observar alguns casarões históricos.
Casarão onde viveu Epaminondas Demétrio Castello Branco (N. 1844 – F. 1901). Um dos grandes patriarcas dos Castello Branco no norte do Piauí. Foto: F Gerson Meneses.Casarão onde viveu Jonas Escórcio Alexandrino (1879–1964). Atualmente o casarão é denominado “Solar dos Escórcios” e é um memorial com elementos que lembram o histórico da família. Foto: F Gerson Meneses.Casarão onde viveu o Contra Almirante e político Gervásio Pires de Sampaio (07/06/1868 – 08/11/1941). Gervásio foi vice-Governador do Piauí (1916-1920). Infelizmente o casarão encontra-se em estado de abandono. Foto: F Gerson Meneses.Detalhe das iniciais GPS (Gervásio Pires de Sampaio), no frontão do casarão. Observa-se que o “G” foi apagado. Foto: F Gerson Meneses.Um outro casarão de destaque é este, em sua fachada são destacadas várias estrelas. Pela placa, ele pertenceu ao cirurgião dentista A. Romão de Sousa Neto. O mesmo encontra-se sem teto. Foto: F Gerson Meneses.Templo da Igreja Assembleia de Deus, também com uma arquitetura de destaque. Foto: F Gerson Meneses.O bonito casarão onde funciona a Prefeitura Municipal de Buriti dos Lopes…Foto: F Gerson Meneses.… e os detalhes das rústicas luminárias. Foto: F Gerson Meneses.Prédio do Grupo Escolar Leônidas Melo… Foto: F Gerson Meneses.… datado de 1939. Foto: F Gerson Meneses.
Algumas outras casas de arquitetura histórica são vistas a seguir. Fotos: F Gerson Meneses.
Alguns detalhes nas fachadas de algumas casas. Fotos: F Gerson Meneses.
Fachada da residência do poeta Neném Calixto, é o Solar dos Nunes. Foto: F Gerson Meneses.As pinhas também estão presentes na arquitetura de Buriti dos Lopes. Foto: F Gerson Meneses.Outro detalhe estilo coroa. Foto: F Gerson Meneses.Para finalizar, já com destino à Barra do Longá, este casarão que mostra em sua fachada a data de 1956. Foto: F Gerson Meneses.
Fonte consultada:
Silva, G; Nunes, F. Buriti dos Lopes – Pré-história, história e memória. SIEART – 2021.
F Gerson Meneses é natural de Piracuruca – PI, professor de informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFPI / Campus Parnaíba – Piauí; Pós-Doutor em Arqueologia; Doutor em Biotecnologia; Mestre em Ciência da Computação; Especialista em Banco de Dados e em Análise de Sistemas; Bacharel em Ciência da Computação; Pesquisador em Computação Aplicada, destaque para pesquisas na área de Computação Visual com temas voltados para a Neurociência Computacional, onde estuda padrões em imagens do cérebro e Arqueologia Computacional, com estudos destinados ao realce, segmentação e vetorização de imagens de arte rupestre, incluindo a fotogrametria. Ganhador do Prêmio Luiz de Castro Farias (versão 2024), promovido pelo IPHAN, como melhor
Artigo Científico sobre a Preservação do Patrimônio Arqueológico brasileiro. Escritor, poeta, fotógrafo da natureza, colaborador do impresso "Piauí Poético" e de várias coletâneas, entre elas o "Almanaque da Parnaíba" e a série "Piauí em Letras".
Autor de várias obras, destaque para o livro "Ensaio histórico e genealógico dos Meneses da Piracuruca" (2022).
É idealizador e mantenedor do Portal Piracuruca (www.portalpiracuruca.com) e do periódico impresso Revista Ateneu (ISSN 2764-0701). Ambos os projetos existentes desde 1999 com a mesma finalidade, que é divulgar a exuberância de cenários, a cultura, a história, os mistérios, a pré-história, as lendas e as curiosidades do Piauí.
Desenvolve desde 2018 o Projeto Artes do Bitorocaia (www.portalpiracuruca.com/artes-do-bitorocaia/) que tem por objetivo o mapeamento e catalogação dos sítios arqueológicos com registros rupestres existentes no Piauí.
