O Sítio Arqueológico da Pedra do Letreiro do Quicé fica a cerca de 20 km (em linha reta) do litoral e a 230 m do leito do Rio Camurupim. É um painel com uma pintura rupestre abstrata com traços muito bem elaborados. O desenho é pintado em uma rocha do tipo quartzito granulado, típica do litoral.
De acordo com o parecer técnico da Profª Drª Ana Luisa M. L. do Nascimento, do departamento de arqueologia da UFPI:
“…a pintura trata-se de um motivo não-figurativo, monocromático, predominantemente em vermelho-alaranjado, com linhas ondulares, círculos concêntricos, formando “u”, dentre outros formatos. Contém aspectos que se mostram imperceptíveis para a nossa sociedade atual, no entanto, para o grupo que o desenhou, possivelmente dizia muito e fazia parte do seu universo simbólico. O que se pode afirmar é que a localidade foi, sim, palco de longa movimentação de grupos que estavam na região antes da colonização. Pois, a escolha do tema para pintar e a fabricação do pigmento, tudo isso requer tempo de estadia no local. Para caracterizá-lo melhor, o sítio carece de uma maior investigação arqueológica e da sua relação com a comunidade, pois é preciso entender seus aspectos fisiográficos, sociais e simbólicos.”
A LENDA DA PEDRA DO QUICÉ:
“Diz a lenda que no local da pintura tem uma passagem para dentro da rocha e que se alguém conseguir decifrar o seu significado, será revelado um tesouro que se encontra no interior da rocha.”
F Gerson Meneses é natural de Piracuruca – PI, professor de informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFPI / Campus Parnaíba – Piauí; Pós-Doutorando em Arqueologia; Doutor em Biotecnologia; Mestre em Ciência da Computação; Especialista em Banco de Dados e em Análise de Sistemas; Bacharel em Ciência da Computação; Pesquisador em Computação Aplicada, destaque para pesquisas na área de Computação Visual com temas voltados para a Neurociência Computacional, onde estuda padrões em imagens do cérebro e Arqueologia Computacional, com estudos destinados ao realce, segmentação e vetorização de imagens de arte rupestre.
Escritor e poeta, colaborador do impresso "O Piagui" e de várias coletâneas, entre elas o "Almanaque da Parnaíba" e a série "Piauí em Letras".
Autor de várias obras, destaque para o livro "Ensaio histórico e genealógico dos Meneses da Piracuruca" (2022).
É idealizador e mantenedor do Portal Piracuruca (www.portalpiracuruca.com) e do periódico impresso Revista Ateneu (ISSN 2764-0701). Ambos os projetos existentes desde 1999 com a mesma finalidade, que é divulgar a exuberância de cenários, a cultura, a história, os mistérios, a pré-história, as lendas e as curiosidades do Piauí.
Desenvolve desde 2018 o Projeto Artes do Bitorocaia (www.portalpiracuruca.com/artes-do-bitorocaia/) que tem por objetivo o mapeamento e catalogação dos sítios arqueológicos com registros rupestres existentes na área da bacia do Rio Piracuruca.