A cidade de Parnaíba, litoral do Piauí, se localiza a cerca de 336 km da capital Teresina, é a segunda maior cidade do estado e foi um dos primeiros núcleos de povoamento do Piauí, vivendo momentos áureos de grande prosperidade com a exportação marítima de produtos. Muitas personalidades de relevância histórica no Piauí, nasceram ou viveram em solo parnaíbano, dentre elas destaco aqui Simplício Dias da Silva (1773-1829) (Figura 1) ilustre parnaíbano que foi um dos maiores exportadores de gêneros tropicais do Brasil para a Europa e que comandou os destinos da então Vila de São João da Parnaíba, era um rico fazendeiro e homem de prestígio, que proclamou a adesão de Parnaíba à Independência do Brasil, em 19 de Outubro de 1822, data em que se comemora o Dia do Piauí.
Figura 1 – Retrato de Simplício Dias da Silva
O Coronel Simplício Dias da Silva também ocupou cargos relevantes na área militar, foi um notável piauiense, negociante de grosso trato, herói da independência, pugnador pela alfândega de Parnaíba e grande benfeitor da cidade. Uma de suas posses, a Casa Grande de Simplício Dias é um casarão imponente que mantém-se de pé no centro da cidade de Parnaíba (Figura 2). A vida do coronel Simplício Dias da Silva foi envolta em faustos e lendas. Segundo Abdias Neves, era ele admirador extremado do imperador D. Pedro I, a quem mandava presentes valiosíssimos. Dizem que certa vez presenteou-lhe com um cacho de banana, em tamanho natural, todo de ouro e com pedras preciosas no bico das frutas.
Figura 2 – A Casa Grande (ontem e hoje), foi residência de Simplício Dias da Silva que é considerado um dos mais importantes personagens da história do município, principalmente por ter liderado a expansão econômica de Parnaíba no clico da charqueada, no século XVII.
Um fato importante é que o corpo de Simplício Dias da Silva está sepultado dentro da Igreja de Nossa Senhora das Graças, o mais importante templo católico da cidade (Figura 3). Sobre esse importante personagem, contam-se várias lendas que vem sendo disseminadas longo do tempo, uma delas teve sua origem no trigésimo aniversário do seu falecimento em 1859.
Figura 3 – Túmulo de Simplício Dias da Silva, localizado na Igreja de Nossa Senhora das Graças, no centro de Parnaíba-PI
Diz a lenda: Na meia-noite, a Vila de São João da Parnaíba, onde era conhecida a cidade de Parnaíba, foi acordada pelo som dos sinos, alguns moradores próximos à paróquia Nossa Senhora das Graças quando foram procurar de onde vinham o barulho, se depararam com a igreja aberta e toda iluminada, ao som de órgão e vozes, sendo que o templo estava vazio, nesse exato momento o ambiente da igreja encontrava-se perfumada, os moradores que tiveram coragem em entrar na igreja, viram que no altar estava Simplício Dias da Silva, envolvido por uma luz muito forte, que depois desapareceu complemente diante dos moradores que ali estavam, assim, todos que ali se encontravam presentes se emocionaram e agradeceram a Deus pela salvação da alma de Simplício Dias, após seu longo penar no purgatório terreno.
Fontes consultadas:
• NUNES, Maria Cecília Silva de Almeida. “Simplício Dias da Silva e o Imaginário popular. In: Cadernos de Teresina, ano XI, n° 25, Abril de 1997. p. 19-22.
• http://museus.cultura.gov.br/espaco/13795/
• http://www.proparnaiba.com/cultura/180-anos-de-memoria-viva-simplicio-dias-da-silva.html
• http://www.portalentretextos.com.br/materia/coronel-simplicio-dias-da-silva,12804
• http://www.ccom.pi.gov.br/materia.php?id=32403
Obs: sites (textos e imagens) acessados em 29/04/2019
