Estou há alguns dias explorando a foz do Rio Camurupim, já fiz o Passeio do Cavalo-Marinho e registros de aves na Ilha das Garças Reais, estas trilhas foram a partir da Barra Grande (links no final desta matéria). Agora, vou apresentar para vocês um espetáculo que é o passeio da Revoada dos Guarás, dessa vez, o meu ponto de partida foi do outro lado do Camurupim, no caso a Praia do Macapá.
Em tempo 1:o Rio Camurupim, nasce na serra dos Macacos, município de Cocal, lá ele recebe o nome de rio dos Campos. Depois de cerca de 80 km, passando ainda pelo município de Bom Princípio, chega à sua foz, um pequeno Delta, separando os municípios de: Cajueiro da Praia e Luis Correia e respectivamente as praias de Barra Grande e Macapá.
Pôr do sol na foz do Rio Camurupim.
Este passeio foi a convite do amigo Orlando Nunes, Orlando é um entusiasta em promover a exploração do turismo no litoral do Piauí. A trilha apresentada aqui, foi a exploratória de um passeio que a partir de agora poderá ser contemplado por todos, a bordo da embarcação “Dona Banana”.
Orlando Nunes, ao lado da embarcação Dona Banana que é a utilizada nos passeios.Participantes do passeio (da esquerda): Gerson, Adriano, Alex, Orlando, Hanna e Fernanda.Rota (linha amarela) do passeio a partir da Praia do Macapá. Fonte: relive.cc. A extensa foz do Camurupim tem uma rica biodiversidade, são manguezais, igarapés e muitos animais silvestres, entre eles o Guará.
1ª Parada: ilha dos Camaleões: Essa pequena ilha ainda mantém a sua biodiversidade preservada, o local proporciona um agradável banho e a possibilidade de presenciar a cata do caranguejo, que no passeio é feita apenas para demonstração.
Os caranguejos para exibição, nas mãos do barqueiro Alex, em seguida os animais são soltos no meio ambiente.
2ª Parada: barco encalhado: Passamos em seguida por uma embarcação que encalhou bem próximo à foz do Rio Camurupim, se transformando em um ponto turístico.
O encalhe se deu no período da pandemia. Foto: Adriano Vasconcelos.Lugar muito utilizado pelos turistas para fotografias.
3ª Parada: Revoada dos Guarás: A revoada é melhor observada com o barco ancorado em frente à ilha das Garças Reais e acontece no final da tarde.
A ilha é um dos berçários do Guará na foz do Camurupim, é completamente formada por mangues e com a maré cheia fica totalmente alagada. Tem aproximadamente 70 hectares de área e um perímetro de 3,5 km.
Em tempo 2: a ocorrência de Guarás no litoral do Piauí não se resume somente ao Delta do Parnaíba, como é bem divulgado. Na foz do Rio Camurupim eles também ocorrem, a seguir algumas imagens.
Guarás se aproximando da ilha.Chegam em bandos.Guarás nas árvores.Guarás se preparando para o descanso.O elegante voo do Guará.O guará nasce com as penas acinzentadas, só depois de um ano adquire a cor avermelhada, pois se alimenta de um caranguejo rico em caroteno.O Guará é originário do continente americano. Ocorre nos países: Brasil, Colômbia, Venezuela, Equador, Guianas e na Ilha de Trinidad e Tobago. Em Trindade e Tobago ele é ave símbolo, estando presente no Brasão de Armas do país.Valeu a pena……para as turistas Fernanda e Hanna, o passeio é “inigualável…incrível ver presencialmente, é espetacular”.
Contato para passeios: Orlando Nunes – (86) 99486-6666 Instagram: @mansaoguara
F Gerson Meneses é natural de Piracuruca – PI, professor de informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFPI / Campus Parnaíba – Piauí; Pós-Doutorando em Arqueologia; Doutor em Biotecnologia; Mestre em Ciência da Computação; Especialista em Banco de Dados e em Análise de Sistemas; Bacharel em Ciência da Computação; Pesquisador em Computação Aplicada, destaque para pesquisas na área de Computação Visual com temas voltados para a Neurociência Computacional, onde estuda padrões em imagens do cérebro e Arqueologia Computacional, com estudos destinados ao realce, segmentação e vetorização de imagens de arte rupestre.
Escritor e poeta, colaborador do impresso "O Piagui" e de várias coletâneas, entre elas o "Almanaque da Parnaíba" e a série "Piauí em Letras".
Autor de várias obras, destaque para o livro "Ensaio histórico e genealógico dos Meneses da Piracuruca" (2022).
É idealizador e mantenedor do Portal Piracuruca (www.portalpiracuruca.com) e do periódico impresso Revista Ateneu (ISSN 2764-0701). Ambos os projetos existentes desde 1999 com a mesma finalidade, que é divulgar a exuberância de cenários, a cultura, a história, os mistérios, a pré-história, as lendas e as curiosidades do Piauí.
Desenvolve desde 2018 o Projeto Artes do Bitorocaia (www.portalpiracuruca.com/artes-do-bitorocaia/) que tem por objetivo o mapeamento e catalogação dos sítios arqueológicos com registros rupestres existentes na área da bacia do Rio Piracuruca.