Vou aqui neste momento agradecer
de coração a estas duas cidades,
dando aqui agora o meu parecer
sobre as suas peculiaridades.
Alguns comentários vou tecer,
dentro da minha capacidade.
São as maiores cidades do estado,
sendo que uma é a capital.
É Teresina com seu legado,
e a outra cidade é no litoral,
Parnaíba lugar procurado,
aqui fica a Pedra do Sal.
Gratidão pelo acolhimento,
isso sempre eu vou ter.
Se uma me deu conhecimento,
a outra me dá meios para viver.
Se hoje aqui eu tenho o vento,
lá o céu vermelho fazia chover.
Tenho saudade das tuas praças.
Cidade Verde, romantismo e correria,
mas aqui tenho a Praça da Graça.
Testa Branca, tradição e alegria,
Itararé, aí a vida se entrelaça,
Mas no Mirante para sempre eu viveria.
Indo na Rua São Pedro caminhando,
na Praça Saraiva eu descansava,
no Poty Velho a arte brotando,
e no encontro das águas eu estava.
Vi o Cabeça de Cuia mergulhando,
era mais uma Maria que ele procurava.
Aqui Mandu Ladino foi abatido,
dizimado junto com seus irmãos.
Bumba meu boi jamais é esquecido,
do Porto das Barcas até Amarração.
É na Guarita que o trem é detido
e a Maria Fumaça ficou de recordação.
O rio que banha o calor de Teresina
é o mesmo que chega aqui em Parnaíba.
Frei Serafim e o passeio da menina,
na Praça do Amor a vejo e não se iniba.
Vou aqui bebendo a minha cajuína,
remando pelo Delta eu vou abaixo e arriba.
Parnaíba-PI, 1/6/2018
Do livro: Versos Retos de um Poeta Torno – F Gerson Meneses, 2018
Obs: Xilogravuras copiadas do link:
https://gramho.com/explore-hashtag/nugrappi