A cidade de Pedro II está localizada na Serra dos Matões, na mesorregião do centro-norte piauiense, na divisa com o estado do Ceará. É distante cerca de 206 km da capital do Piauí, Teresina. É uma cidade privilegiada, entre tantas qualidades, destaco: o seu clima ameno, as suas belíssimas paisagens naturais, o seu festival cultural (Festival de Inverno) e o seu grande acervo de arte rupestre.
Em tempo 1: logo abaixo deste texto, tem alguns links de matérias relacionadas ao acervo arqueológico da cidade de Pedro II, escritos a partir de visitas que fiz.
Bom, neste texto em curso, irei falar sobre uma visita que fiz em julho de 2024, à região de Buriti Grande dos Aquiles. Na trilha, fui ciceroneado pelo Professor Joaquim e através dele, conheci alguns moradores da região que gentilmente nos serviram de guias.
Na região, visitamos dois Sítios Arqueológicos com pinturas rupestres com as seguintes denominações dadas pelos moradores locais: Sicupira e Serra do Quinto. Aqui destacarei as pinturas do painel rupestre da Serra do Quinto e em outra matéria falarei as pinturas do sítio Sicupira.
Para se chegar até o Sítio Arqueológico da Serra do Quinto, trilhamos cerca de 11 km a partir do centro de Pedro II, uma boa parte consegue-se ir de carro, o restante é trilha a pé.
Em tempo 2: o registro das pinturas do local, a partir de agora está compondo a base do Projeto Artes do Bitorocaia. Logo abaixo deste texto, tem o link para as fotografias e demais informações sobre o sítio.
No painel rupestre, ocorre uma variedade muito grande de formatos e tamanhos de pinturas. Observam-se pinturas representativas e não representativas, algumas graúdas e outras minúsculas, entre 5 e 10 cm.
Em tempo 3: logo abaixo deste texto, tem o link para a matéria de uma expedição que fiz à cidade de Milton Brandão-PI.
No painel da Serra do Quinto, é apresentado um modelo de arte rupestre que se repete também em Milton Brandão, que é uma cidade vizinha a Pedro II. São símbolos muito específicos desta região, ao que parece, essa região do Piauí é um marco de transição entre estilos de arte rupestre. Estas expressões diferenciadas e algumas sobrepostas, podem caracterizar que a região foi habitada por grupos diferentes, em diferentes épocas.
F Gerson Meneses é natural de Piracuruca – PI, professor de informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFPI / Campus Parnaíba – Piauí; Pós-Doutorando em Arqueologia; Doutor em Biotecnologia; Mestre em Ciência da Computação; Especialista em Banco de Dados e em Análise de Sistemas; Bacharel em Ciência da Computação; Pesquisador em Computação Aplicada, destaque para pesquisas na área de Computação Visual com temas voltados para a Neurociência Computacional, onde estuda padrões em imagens do cérebro e Arqueologia Computacional, com estudos destinados ao realce, segmentação e vetorização de imagens de arte rupestre.
Escritor e poeta, colaborador do impresso "O Piagui" e de várias coletâneas, entre elas o "Almanaque da Parnaíba" e a série "Piauí em Letras".
Autor de várias obras, destaque para o livro "Ensaio histórico e genealógico dos Meneses da Piracuruca" (2022).
É idealizador e mantenedor do Portal Piracuruca (www.portalpiracuruca.com) e do periódico impresso Revista Ateneu (ISSN 2764-0701). Ambos os projetos existentes desde 1999 com a mesma finalidade, que é divulgar a exuberância de cenários, a cultura, a história, os mistérios, a pré-história, as lendas e as curiosidades do Piauí.
Desenvolve desde 2018 o Projeto Artes do Bitorocaia (www.portalpiracuruca.com/artes-do-bitorocaia/) que tem por objetivo o mapeamento e catalogação dos sítios arqueológicos com registros rupestres existentes na área da bacia do Rio Piracuruca.