Gravuras rupestres nos leitos dos rios Negro na Amazônia e Pirangi no Piauí apresentam contornos de rostos humanos

Publicado em por F Gerson Meneses

Foi amplamente divulgado na imprensa durante o mês de outubro de 2023 a séria crise hídrica que ocorreu na região amazônica. A estiagem fez baixar drasticamente o nível das águas de muitos rios que correm pelos estados da Amazônia Legal, principalmente no estado do Amazonas.

No entanto, a maior seca já registrada em mais de um século na  região, proporcionou a revelação de muitas gravuras rupestres. Os petróglifos, a princípio milenares, foram deixados pelos povos originários nas superfícies rochosas dos leitos dos rios amazônicos.

Um dos locais que ganhou mais destaque, foi a região do chamado encontro das águas, entre os Rios Negro e Solimões. Lá, o sítio arqueológico e geológico das Lages veio à tona, apresentando as gravuras em forma de rostos humanos.

Registros das gravuras rupestres encontradas no sítio arqueológico e geológico de Lages, na região amazônica (1, 2, 3).

O que pouca gente sabe é que no Rio Pirangi, que corre no norte do Piauí pelos municípios de Cocal e Buriti dos Lopes, também apresenta em seu leito uma gravura rupestre em formato de rosto humano. A gravura também fica submersa durante o período de cheia do Pirangi e está em meio a várias outras que ocorrem no sítio arqueológico na localidade Branquinhas. O sítio foi visitado por mim no início de outubro de 2023.

Em tempo: Logo abaixo estão os links para os materiais produzidos em texto e em vídeo, relacionado aos sítios arqueológicos com gravuras rupestres no leito do Rio Pirangi.

A gravura mede cerca de 20 cm de diâmetro e também apresenta contornos que lembram as feições de um rosto humano. Foto: F Gerson Meneses.

A gravura do Pirangi carece de estudos apropriados para determinar se a mesma é de fato uma gravura rupestre ou um desenho natural da rocha.

Links:

As gravuras rupestres da localidade Branquinhas no leito do Rio Pirangi, Buriti dos Lopes – Piauí

O tesouro arqueológico do Rio Pirangi em Buriti dos Lopes – Piauí

Referências:

1 – https://extra.globo.com/blogs/page-not-found/post/2023/10/rostos-incomuns-revelados-em-rios-podem-ser-sinal-de-que-amazonia-ja-passou-por-outras-secas-severas.ghtml
2 – https://www.brasildefato.com.br/2023/10/16/seca-em-manaus-faz-reaparecer-gravuras-rupestres-milenares
3 – https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/amazonia-gravuras-rupestres-milenares-sao-reveladas-por-seca-no-rio-negro.phtml

F Gerson Meneses é natural de Piracuruca – PI, professor de informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFPI / Campus Parnaíba – Piauí; Pós-Doutorando em Arqueologia; Doutor em Biotecnologia; Mestre em Ciência da Computação; Especialista em Banco de Dados e em Análise de Sistemas; Bacharel em Ciência da Computação; Pesquisador em Computação Aplicada, destaque para pesquisas na área de Computação Visual com temas voltados para a Neurociência Computacional, onde estuda padrões em imagens do cérebro e Arqueologia Computacional, com estudos destinados ao realce, segmentação e vetorização de imagens de arte rupestre. Escritor e poeta, colaborador do impresso "O Piagui" e de várias coletâneas, entre elas o "Almanaque da Parnaíba" e a série "Piauí em Letras". Autor de várias obras, destaque para o livro "Ensaio histórico e genealógico dos Meneses da Piracuruca" (2022). É idealizador e mantenedor do Portal Piracuruca (www.portalpiracuruca.com) e do periódico impresso Revista Ateneu (ISSN 2764-0701). Ambos os projetos existentes desde 1999 com a mesma finalidade, que é divulgar a exuberância de cenários, a cultura, a história, os mistérios, a pré-história, as lendas e as curiosidades do Piauí. Desenvolve desde 2018 o Projeto Artes do Bitorocaia (www.portalpiracuruca.com/artes-do-bitorocaia/) que tem por objetivo o mapeamento e catalogação dos sítios arqueológicos com registros rupestres existentes na área da bacia do Rio Piracuruca.