Distante cerca de 43 km do centro de Piracuruca, na localidade de nome Cajazeiras, se encontra um lugar místico, um antigo túmulo que virou capela e ponto de peregrinação visitado por muitas pessoas em busca de milagres e bençãos, trata-se do lugar onde repousa o corpo da finada Maria Rosa.
TÚMULO DA FINADA MARIA ROSA
Por tradição oral, sabe-se que Maria Rosa, originária da região de Cocal, era uma mulher muito bonita, casada com um homem de posses e bastante ciumento, ao ponto de não deixar Maria Rosa sair de casa, o ciúme chegou ao ponto do marido matar um escravo por achar que o mesmo estava cortejando Maria Rosa, não achando pouco, o marido tramou a morte de Maria Rosa, disse a ela que fariam uma visita aos pais dela, ela ficou muito feliz, pois há muito não os via.
A lenda continua que ao ser visitada por comboieiros, Maria Rosa mandou um recado aos pais, que em três dias ele chegaria para visitá-los. Só que a visita não aconteceu, Maria Rosa jamais chegou a ver os pais novamente, aconteceu que, quando estavam a caminho da casa dos pais de Maria, o marido perverso argumentou que havia esquecido algo em casa e a deixou com os demais participantes do comboio, de fato, esses eram as pessoas pagas pelo marido para assassinar Maria Rosa, que foi brutalmente sacrificada, maltratada e enterrada ainda viva em cova rasa, de forma que os cabelos e a mão ficaram de fora.
O pai aguardando a filha impaciente, resolveu ir em busca para encontrá-la no caminho, nas proximidades de uma ladeira, já nas Cajaeiras ele começou a escutar um clamor em forma de gemido, ao se aproximar, se deparou com a cena bizarra, sua filha estava dando os últimos suspiros de morte, com parte do corpo desenterrada. Maria era muito devota de Santo Antônio e sempre andava com uma imagem do santo, os mais antigos dizem que quem anda com o santo não morre antes de ser encontrado, foi isso que aconteceu com Maria Rosa.
Assim, Maria Rosa ao ver o pai, suspirou e quando o pai recolheu a imagem de Santo Antônio que estava nas vestes de sua filha, ela morreu. Com isso a notícia se espalhou e o povo da região começou a fazer promessas, desde então começaram as romarias e o movimento foi crescendo e se popularizando.
CRUZEIRO, ONDE OS PEREGRINOS ACENDEM AS VELAS
PARTE INTERNA DA CAPELA ORNAMENTADA PELAS COROAS OFERTADAS PELOS VISITANTES
OBJETOS DEIXADOS PELOS PEREGRINOS
AVENTUREIRO INDIO APACHE, NUMA VISITA À CAPELA
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Fontes consultadas:
Índio Apache e Nonato Araújo
Fotos: Índio Apache
